A Respeito do Monumento... (12 de maio de 1956)
Comentamos quarta-feira última, alguma coisa com referência ao movimento financeiro que se organizara na cidade, há um ano passado, objetivando angariar meios para construir-se em Marília, o Monumento à Mãe Brasileira.
Na ocasião, dizíamos de nossa ignorância para responder a uma de nossas leitoras, sôbre os trabalhos do momento. Quando rabiscamos o nosso artigo dêsse dia, esperávamos que o responsável pela idéia se comunicasse conosco e de fato tal veio acontecer. O dr. Aniz Badra, no mesmo dia apressou-se a nos endereçar a carta seguinte:
“Marília, 9 de Maio de 1956.
Prezado amigo José Arnaldo – CORREIO DE MARÍLIA.
Tomei conhecimento hoje pela leitura do CORREIO DE MARÍLIA do seu artigo “Monumento à Mãe Brasileira”.
Na qualidade de responsável pela idéia e membro da comissão, devo informar ao prezado amigo e à interessada que o movimento continua em marcha aguardando melhores dias para a sua intensa movimentação, dependendo é claro de muitas adesões, pois até o momento temos depositado em contas especiais as seguintes importâncias:
Banco Popular do Brasil S. A. inclusive juros Cr$ 10.396,90
Banco Nacional Paulista S. A. inclusive juros Cr$ 5.480,00
Banco de Marília (Coop.) inclusive juros .. Cr$ 5.364,60
Total depositado à conta do “Monumento à
Mãe Brasileira” .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. Cr$ 21.241,50
(Vinte e hum mil duzentos e quarenta e hum cruzeiros e cinquenta centavos).
Lembro ainda ao prezado amigo, que tôdas as importâncias subscritas foram publicadas pelo mesmo CORREIO DE MARÍLIA e os comprovantes não só de depósito como de assinaturas acham-se à disposição dos interessados.
Convém salientar que de acordo com consultas formuladas a diversos escultores o preço para uma obra vistosa e significativa ascende a milhares de cruzeiros.
É nosso pensamento reiniciar a movimentação, ou transformá-lo em outro objetivo que preencha os propósitos daquêles que generosamente contribuíram, e também as nossas intenções.
Fico portanto à disposição do prezado amigo para quaisquer esclarecimentos e a quem as desejar.
Cordialmente, ANIZ BADRA”.
Mais tarde, ficamos sabendo, que um Monumento igual ao idealizado, hoje em dia ficará numa soma aproximada de 400 a 500 mil cruzeiros, quantia elevada, difícil de arrecadar, principalmente na época presente.
Como colaborar é nossa intenção, arriscamos uma sugestão ao nosso amigo dr. Aniz Badra: ao invés do Monumento, construa-se um marco (espécie de pirâmide, torre, ou semelhante) com uma placa de bronze, onde se perpetue o preito do povo de Marília à Mãe Brasileira. Ou então, se isto não for possível e se viável não for a concretização da idéia inicial – uma vez que o dr. Aniz Badra aventa a transformação dêsse montante em outro objetivo –, que seja a importância já arrecadada, convertida em beneficio da Campanha de Combate ao Cancer, óra levantada em nossa cidade.
É só sugestão.
Ao dr. Badra, deixamos aqui consignados os nossos agradecimentos pela atenção que dispensou ao nosso escrito, dirigindo-nos a carta supra transcrita.
Extraído do Correio de Marília de 12 de maio de 1956
Na ocasião, dizíamos de nossa ignorância para responder a uma de nossas leitoras, sôbre os trabalhos do momento. Quando rabiscamos o nosso artigo dêsse dia, esperávamos que o responsável pela idéia se comunicasse conosco e de fato tal veio acontecer. O dr. Aniz Badra, no mesmo dia apressou-se a nos endereçar a carta seguinte:
“Marília, 9 de Maio de 1956.
Prezado amigo José Arnaldo – CORREIO DE MARÍLIA.
Tomei conhecimento hoje pela leitura do CORREIO DE MARÍLIA do seu artigo “Monumento à Mãe Brasileira”.
Na qualidade de responsável pela idéia e membro da comissão, devo informar ao prezado amigo e à interessada que o movimento continua em marcha aguardando melhores dias para a sua intensa movimentação, dependendo é claro de muitas adesões, pois até o momento temos depositado em contas especiais as seguintes importâncias:
Banco Popular do Brasil S. A. inclusive juros Cr$ 10.396,90
Banco Nacional Paulista S. A. inclusive juros Cr$ 5.480,00
Banco de Marília (Coop.) inclusive juros .. Cr$ 5.364,60
Total depositado à conta do “Monumento à
Mãe Brasileira” .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. Cr$ 21.241,50
(Vinte e hum mil duzentos e quarenta e hum cruzeiros e cinquenta centavos).
Lembro ainda ao prezado amigo, que tôdas as importâncias subscritas foram publicadas pelo mesmo CORREIO DE MARÍLIA e os comprovantes não só de depósito como de assinaturas acham-se à disposição dos interessados.
Convém salientar que de acordo com consultas formuladas a diversos escultores o preço para uma obra vistosa e significativa ascende a milhares de cruzeiros.
É nosso pensamento reiniciar a movimentação, ou transformá-lo em outro objetivo que preencha os propósitos daquêles que generosamente contribuíram, e também as nossas intenções.
Fico portanto à disposição do prezado amigo para quaisquer esclarecimentos e a quem as desejar.
Cordialmente, ANIZ BADRA”.
Mais tarde, ficamos sabendo, que um Monumento igual ao idealizado, hoje em dia ficará numa soma aproximada de 400 a 500 mil cruzeiros, quantia elevada, difícil de arrecadar, principalmente na época presente.
Como colaborar é nossa intenção, arriscamos uma sugestão ao nosso amigo dr. Aniz Badra: ao invés do Monumento, construa-se um marco (espécie de pirâmide, torre, ou semelhante) com uma placa de bronze, onde se perpetue o preito do povo de Marília à Mãe Brasileira. Ou então, se isto não for possível e se viável não for a concretização da idéia inicial – uma vez que o dr. Aniz Badra aventa a transformação dêsse montante em outro objetivo –, que seja a importância já arrecadada, convertida em beneficio da Campanha de Combate ao Cancer, óra levantada em nossa cidade.
É só sugestão.
Ao dr. Badra, deixamos aqui consignados os nossos agradecimentos pela atenção que dispensou ao nosso escrito, dirigindo-nos a carta supra transcrita.
Extraído do Correio de Marília de 12 de maio de 1956
Comentários