O Exército e o custo de vida (29 de maio de 1956)
Parece que vai ser posta em prática u’a medida por nós preconizada há tempo, ou seja, a intervenção do Exército Nacional, na batalha do crescente aumento do custo de vida.
Isso é o que podemos deduzir, através da palavra oficial do Exército, na pessoa do Ministro da Guerra, general Teixeira Lot. Ao responder a uma pergunta de um repórter paulistano, no último sábado, momentos antes de embarcar em Congonhas com destino ao Rio, o titular da Guerra declarou que o govêrno federal está tomando providências e “medidas capazes e resolutas, que, sem sombra de dúvida, irão minorar as agruras pelas quais estão passando as classes menos favorecidas”.
E adiantou o ministro da Guerra: “Nessa emergência, o Exército dará ampla cobertura, auxiliando o govêrno em tudo e por tudo, inclusive lançando mão de suas viaturas para o transporte de mercadorias. Posso informar que o govêrno federal instalará postos de vendas e redobrará seus esforços na fiscalização de preços ou sonegação de mercadorias”.
A medida será oportuna e já virá um pouco tarde. Mas que seja bem organizada e melhor intencionada, são os nossos votos.
Por que o govêrno não adquire nas fontes, uma regular porcentagem das safras, executa os transportes por sua conta com viaturas oficias e estabelece postos de venda, com preços humanos e fiscalizados? Não seria impossível ao Executivo fazer isso. E o povo poderia respirar com maior facilidade, pois no momento atual, a vida está insustentável, cuja condição de desespero está repercutindo dolorosamente na própria vida nacional, trazendo-nos a condição atual de sermos um dos países mais inflacionários do planeta.
Tudo dependerá do modo e dos processos que sejam postos em prática. Que não venham os serviços oficiais a respeito apresentar falhar ou deficiências, pois assim teríamos dois motivos a lamentar: primeiro o não atender as suas precípuas finalidades; segundo, a continuidade da anomalia, desta vez, oficializada.
Sempre depositamos no Exército tôda a nossa confiança e as esperanças de dias melhores. Agora se apresenta uma oportunidade para isso.
Oxalá tudo dê certo. Oxalá.
Extraído do Correio de Marília de 29 de maio de 1956
Isso é o que podemos deduzir, através da palavra oficial do Exército, na pessoa do Ministro da Guerra, general Teixeira Lot. Ao responder a uma pergunta de um repórter paulistano, no último sábado, momentos antes de embarcar em Congonhas com destino ao Rio, o titular da Guerra declarou que o govêrno federal está tomando providências e “medidas capazes e resolutas, que, sem sombra de dúvida, irão minorar as agruras pelas quais estão passando as classes menos favorecidas”.
E adiantou o ministro da Guerra: “Nessa emergência, o Exército dará ampla cobertura, auxiliando o govêrno em tudo e por tudo, inclusive lançando mão de suas viaturas para o transporte de mercadorias. Posso informar que o govêrno federal instalará postos de vendas e redobrará seus esforços na fiscalização de preços ou sonegação de mercadorias”.
A medida será oportuna e já virá um pouco tarde. Mas que seja bem organizada e melhor intencionada, são os nossos votos.
Por que o govêrno não adquire nas fontes, uma regular porcentagem das safras, executa os transportes por sua conta com viaturas oficias e estabelece postos de venda, com preços humanos e fiscalizados? Não seria impossível ao Executivo fazer isso. E o povo poderia respirar com maior facilidade, pois no momento atual, a vida está insustentável, cuja condição de desespero está repercutindo dolorosamente na própria vida nacional, trazendo-nos a condição atual de sermos um dos países mais inflacionários do planeta.
Tudo dependerá do modo e dos processos que sejam postos em prática. Que não venham os serviços oficiais a respeito apresentar falhar ou deficiências, pois assim teríamos dois motivos a lamentar: primeiro o não atender as suas precípuas finalidades; segundo, a continuidade da anomalia, desta vez, oficializada.
Sempre depositamos no Exército tôda a nossa confiança e as esperanças de dias melhores. Agora se apresenta uma oportunidade para isso.
Oxalá tudo dê certo. Oxalá.
Extraído do Correio de Marília de 29 de maio de 1956
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