Intenções de Paz (09 de março de 1956)
Não se sabe porque cargas d’água, a paz mundial vive tanto ameaçada ultimamente! Curioso: Eisenhower quer a paz; Bulganin, idem. No entanto, as coisas parece que se distanciam cada vez mais da almejada tranquilidade dos povos.
Lutas, confabulações, entendimentos, etc., são realizados à miude “em pról da paz”!
Os dois países – Estados Unidos e Rússia – que se supõe estejam mais bem armados do globo, inclusive com bombas atômicas, de hidrogênio, cobalto, etc. vivem discutindo a questão. Agora, o presidente americano enviou uma carta ao ministro vermelho Nikolai Bulganin, na qual pede à Rússia que coopere nos novos esforços para o desarmamento.
A carta do presidente rejeita também, diplomaticamente, o segundo convite feito por Buganin, para a conclusão de um pacto de amizade de 25 anos de duração, entre os Estados Unidos e a União Soviética. Mas, ao mesmo tempo, segundo se informou, a carta é escrita num tom amigável, “para que possa continuar a correspodencia com Bulganin”. Segundo informes recebidos pela “United Press”, a carta de Eisenhower ia ser entregue esta semana, em Moscou, pelo embaixador norte-americano, Charles E. Bohlem, mas uma dificuldade de ordem técnica no sistema de comunicações, entre Washington e a capital russa, impediu a transmissão, de acordo com os planos originais. Por isso é que a carta em apreço será entregue em princípios da semana e, em seguida, seu texto será dado a conhecer à imprensa.
O que é certo, é que com tantas “lutas pela paz” entre os dois países, nós, por aqui, é que sentimos a sensação de estar sentados sôbre um barril de pólvora!
O caso dos dois países, nessa “luta pela paz” está apresentando um fenômeno que se apresenta como bastante esquisito: um país confia, desconfiando do outro (“faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço” devem pensar ambos).
Pelo jeito, os entendimentos “pró paz”, acabarão resultando ainda num conflito. E de proporções imensuráveis, frisa-se bem...
Extraído do Correio de Marília de 09 de março de 1956
Lutas, confabulações, entendimentos, etc., são realizados à miude “em pról da paz”!
Os dois países – Estados Unidos e Rússia – que se supõe estejam mais bem armados do globo, inclusive com bombas atômicas, de hidrogênio, cobalto, etc. vivem discutindo a questão. Agora, o presidente americano enviou uma carta ao ministro vermelho Nikolai Bulganin, na qual pede à Rússia que coopere nos novos esforços para o desarmamento.
A carta do presidente rejeita também, diplomaticamente, o segundo convite feito por Buganin, para a conclusão de um pacto de amizade de 25 anos de duração, entre os Estados Unidos e a União Soviética. Mas, ao mesmo tempo, segundo se informou, a carta é escrita num tom amigável, “para que possa continuar a correspodencia com Bulganin”. Segundo informes recebidos pela “United Press”, a carta de Eisenhower ia ser entregue esta semana, em Moscou, pelo embaixador norte-americano, Charles E. Bohlem, mas uma dificuldade de ordem técnica no sistema de comunicações, entre Washington e a capital russa, impediu a transmissão, de acordo com os planos originais. Por isso é que a carta em apreço será entregue em princípios da semana e, em seguida, seu texto será dado a conhecer à imprensa.
O que é certo, é que com tantas “lutas pela paz” entre os dois países, nós, por aqui, é que sentimos a sensação de estar sentados sôbre um barril de pólvora!
O caso dos dois países, nessa “luta pela paz” está apresentando um fenômeno que se apresenta como bastante esquisito: um país confia, desconfiando do outro (“faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço” devem pensar ambos).
Pelo jeito, os entendimentos “pró paz”, acabarão resultando ainda num conflito. E de proporções imensuráveis, frisa-se bem...
Extraído do Correio de Marília de 09 de março de 1956
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