A Eterna Maratona (22 de fevereiro de 1956)
As classes representativas do operariado nacional estão se movimentado, a fim de conseguir nova elevação do salário mínimo atualmente vigente.
Fundamenta-se tal movimento no absurdo aumento do custo de vida, como não poderia deixar de ser.
Como sempre, antes de que tal perspectiva – bem intencionada, aliás – chegue a bom têrmo, estará o Brasil e a inúmera classe dos construtores da grandeza pátria, em condições iguais ou piores. Isto, porque o descontrole existente no setor da desproporção dêsses gigantescos e pirotécnicos aumentos, não têm limites. Demandará tempo o estudo a respeito. Se chegar ao fim e o novo aumento for decretado, nada adiantará.
A eterna maratona entre o aumento dos salários e dos preços é coisa velha. E os salários sempre sempre na “rabeira”, sem vantagem, sem qualquer “handicap”.
O que falta é um controle governamental mais perfeito. Uma ação mais positiva. Uma guerra declarada aos “tubarões” e intermediários. Sem isso, nada feito.
Hoje em dia, tal é o estado de coisas que apresenta êsse fenômeno incrível do vertiginoso custo de vida, que os trabalhadores que percebem o salário mínimo não podem mesmo se alimentar de modo conveniente. Mal alimentados não podem desempenhar com eficiência as suas obrigações. Em consequência, além do enfraquecimento próprio e o aniquilamento gradativo de seus descendentes, o depauperismo reflete-se na própria vida nacional.
Até as gerações futuras principiam a ser vitimas dêsses malefícios, que, desde o ventre materno começam a sentir o aniquilamento, que arrasta atrás de si, um cortejo imenso de males e a própria degradação moral de um povo.
Êsse círculo vicioso precisa ser estancado.
O sr. Presidente da República deverá voltar suas vistas para essa questão, que é, sem dúvida, de primeira grandeza dentro os problemas nacionais – os inúmeros problemas do povo brasileiro.
Nessa eterna maratona entre aumento de custo de vida e elevação de salários, o povo é que leva a pior. Aumenta o número dos sacrificados – que representa a maioria – e enriquecem aquêles que são a minoria e que já andam com as burras empanturradas.
Extraído do Correio de Marília de 22 de fevereiro de 1956
Fundamenta-se tal movimento no absurdo aumento do custo de vida, como não poderia deixar de ser.
Como sempre, antes de que tal perspectiva – bem intencionada, aliás – chegue a bom têrmo, estará o Brasil e a inúmera classe dos construtores da grandeza pátria, em condições iguais ou piores. Isto, porque o descontrole existente no setor da desproporção dêsses gigantescos e pirotécnicos aumentos, não têm limites. Demandará tempo o estudo a respeito. Se chegar ao fim e o novo aumento for decretado, nada adiantará.
A eterna maratona entre o aumento dos salários e dos preços é coisa velha. E os salários sempre sempre na “rabeira”, sem vantagem, sem qualquer “handicap”.
O que falta é um controle governamental mais perfeito. Uma ação mais positiva. Uma guerra declarada aos “tubarões” e intermediários. Sem isso, nada feito.
Hoje em dia, tal é o estado de coisas que apresenta êsse fenômeno incrível do vertiginoso custo de vida, que os trabalhadores que percebem o salário mínimo não podem mesmo se alimentar de modo conveniente. Mal alimentados não podem desempenhar com eficiência as suas obrigações. Em consequência, além do enfraquecimento próprio e o aniquilamento gradativo de seus descendentes, o depauperismo reflete-se na própria vida nacional.
Até as gerações futuras principiam a ser vitimas dêsses malefícios, que, desde o ventre materno começam a sentir o aniquilamento, que arrasta atrás de si, um cortejo imenso de males e a própria degradação moral de um povo.
Êsse círculo vicioso precisa ser estancado.
O sr. Presidente da República deverá voltar suas vistas para essa questão, que é, sem dúvida, de primeira grandeza dentro os problemas nacionais – os inúmeros problemas do povo brasileiro.
Nessa eterna maratona entre aumento de custo de vida e elevação de salários, o povo é que leva a pior. Aumenta o número dos sacrificados – que representa a maioria – e enriquecem aquêles que são a minoria e que já andam com as burras empanturradas.
Extraído do Correio de Marília de 22 de fevereiro de 1956
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