O crime da enfermeira (1º de fevereiro de 1956)
Há pouco, foi a Capital da República abalada, com o desenrolar de um horripilante crime de morte: numa mala foi encontrado um cadaver de um homem, esquartejado e sem a cabeça.
A polícia carioca estava atarefada com as investigações para descobrir o autor do monstruoso esquartejamento, quando surgiu uma pista, fornecida pelo motorista de praça, Adriano Augusto Lourenço.
Em vista disso, a enfermeira Maria da Penha Pereira, de côr, empregada do Hospital Souza Aguiar, foi detida para interrogatório. Bem “baratinada” pela polícia, Maria da Penha “deu o serviço”.
A enfermeira vivia amasiada com a vítima – Américo José da Silva –, há alguns anos. Ultimamente, Américo vinha maltratando a amante, segundo esta declarou.
Uma ocasião, o homem sentiu-se doente e pediu à companheira que lhe aplicasse uma injeção de penicilina. Maria da Penha que há muito vinha ensaiando uma vingança contra o amigo, viu surgir a oportunidade. Ao regressar à casa, injetou em Américo uma ampola de entorpecente. Quando viu o amasio narcotizado, aplicou-lhe nova injeção: desta vez de veneno fortíssimo. E o homem foi desta para a pior, sem ter percebido a aproximação do fim.
Quando a enfermeira percebeu que o amante já não respirava mais, cortou-lhe as duas pernas e o pescoço. Depois cortou-lhe o tronco em quatro pedaços. Sozinha e com calma. Observando detalhe por detalhe do crime. Enterrou a cabeça de Américo no próprio quintal. Colocou o corpo numa mala de viagem e as pernas, que não couberam no referido compartimento, foram embrulhadas em jornais.
Pretendendo jogar no mar o cadaver esquartejado do amasio, Maria da Penha tomou o carro de praça de chapa 4-13-60, de Adriano Augusto Lourenço. O motorista percebeu o sangue e perguntou à freguesa sôbre o conteudo da mala. Friamente, Maria da Penha declarou que se tratava de dois cabritos, que iria levar à praia para um “despacho”!
Dias após, lendo nos jornais a notícia do achado macabro, o profissional do volante ligou uma coisa com outra; isto é, o cadaver encontrado e os “cabritos para o despacho”. E foi à polícia.
Agora Maria da Penha vai pagar pelo crime monstruoso e injustificável. Não se pode qualificar a perversidade de tal esquartejamento. Por certo, a criminosa irá apodrecer no xadrez. E ainda será pouco!...
Extraído do Correio de Marília de 1º de fevereiro de 1956
A polícia carioca estava atarefada com as investigações para descobrir o autor do monstruoso esquartejamento, quando surgiu uma pista, fornecida pelo motorista de praça, Adriano Augusto Lourenço.
Em vista disso, a enfermeira Maria da Penha Pereira, de côr, empregada do Hospital Souza Aguiar, foi detida para interrogatório. Bem “baratinada” pela polícia, Maria da Penha “deu o serviço”.
A enfermeira vivia amasiada com a vítima – Américo José da Silva –, há alguns anos. Ultimamente, Américo vinha maltratando a amante, segundo esta declarou.
Uma ocasião, o homem sentiu-se doente e pediu à companheira que lhe aplicasse uma injeção de penicilina. Maria da Penha que há muito vinha ensaiando uma vingança contra o amigo, viu surgir a oportunidade. Ao regressar à casa, injetou em Américo uma ampola de entorpecente. Quando viu o amasio narcotizado, aplicou-lhe nova injeção: desta vez de veneno fortíssimo. E o homem foi desta para a pior, sem ter percebido a aproximação do fim.
Quando a enfermeira percebeu que o amante já não respirava mais, cortou-lhe as duas pernas e o pescoço. Depois cortou-lhe o tronco em quatro pedaços. Sozinha e com calma. Observando detalhe por detalhe do crime. Enterrou a cabeça de Américo no próprio quintal. Colocou o corpo numa mala de viagem e as pernas, que não couberam no referido compartimento, foram embrulhadas em jornais.
Pretendendo jogar no mar o cadaver esquartejado do amasio, Maria da Penha tomou o carro de praça de chapa 4-13-60, de Adriano Augusto Lourenço. O motorista percebeu o sangue e perguntou à freguesa sôbre o conteudo da mala. Friamente, Maria da Penha declarou que se tratava de dois cabritos, que iria levar à praia para um “despacho”!
Dias após, lendo nos jornais a notícia do achado macabro, o profissional do volante ligou uma coisa com outra; isto é, o cadaver encontrado e os “cabritos para o despacho”. E foi à polícia.
Agora Maria da Penha vai pagar pelo crime monstruoso e injustificável. Não se pode qualificar a perversidade de tal esquartejamento. Por certo, a criminosa irá apodrecer no xadrez. E ainda será pouco!...
Extraído do Correio de Marília de 1º de fevereiro de 1956
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