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Mostrando postagens de outubro, 2011

Um grande administrador (14 de outubro de 1959)

O tempo é, indiscutivelmente, o meio que apresenta o melhor testemunho do acompanhamento das ações dos homens. O que se faz, bem ou mal, acaba por aparecer e tornar-se público, dia mais, dia menos. Com respeito a atuação do atual prefeito municipal, à frente do Executivo mariliense, agora, quase expirado o período governamental, pode-se melhor aquilatar os efeitos e as qualidades dessa administração. Sem nenhuma justificativa para qualquer eventual precipitação de juízos. Não só nós, méros críticos e bem intencionados observadores, como todo e qualquer mariliensem desde que não seja demasiadamente apaixonado. Nós, em particular, independentes como sempre fomos, sem quaisquer vínculos ou compromissos com o Prefeito Argollo Ferrão, poderemos aquilatar a grandeza de sua fecunda administração, reconhecendo na pessoa de Miguel Argollo Ferrão, um grande administrador, um cidadão íntegro, um homem de capacidade e pulso. Ninguém poderá contesta-lo. Os inúmeros metros de extensão das rêdes de á

A nova Câmara Municipal (9 de outubro de 1959)

Muitos de nossos leitores estarão recordados do fato. Não há muito, nos ocupamos por diversas vezes, acerca da necessidade que se impunha aos marilienses, de uma radical remodelação da Câmara de vereadores. E sôbre o fato, tentamos alertas a consciência patriótica e o dever cívico de todos, com o objetivo de que os benefícios advindos de tal medida, repercutissem diretamente sôbre a vida geral da cidade e de nosso povo. Frisamos, repetidas vezes, que pessoalmente nada tínhamos contra quem-quer-que seja dos vereadores atuais. Mas não escondemos nosso desapontamento, em face das resoluções e iniciativas da edilidade, tomadas ou executadas pela representação daquilo que se discrimina como “maioria”. E tecemos um paralelo comparativo, dos trabalhos do corpo de vereadores cujo mandado esta a expirar e as constituições das Camaras passadas, notadamente a que teve inicio em 1947. Aproveitamos o ensejo então, para concitar a todos, no sentido de que, no pleito que se avisinhava (transcorrido d

Pílulas Eleitorais (7 de outubro de 1959)

O mariliense, mais uma vez deu mostras de sua compreensão cívica, ao comparecer às urnas domingo último, para escolher seus dirigentes e legisladores do próximo período administradores municipal. Nenhuma ocorrência de maior vulto foi registrada pelo crônica, que, direta ou indiretamente pudesse empanar o brilho do civismo da gente local, que, em situações semelhantes, sempre soube se conduzir de maneira elogiável. --:-:-- Nossa reportagem percorreu, durante todo o dia, as cinquenta e quatro secções eleitorais da cidade, tendo acompanhado, por isso mesmo, a marcha dos trabalhos de votação, onde tudo correu bem, diga-se de passagem. Pequenos acontecimentos foram verificados, de conhecimento de nossos repórteres. Ei-los: --:-:-- Numa fila de votação, um cidadão desmaiou, causando ligeira, causando ligeira confusão na “bicha”, sanada momentos após e sem nenhuma consequência. Foi mais o susto dos eleitores visinhos do que tudo... --:-:-- A urna da 50ª Secção Eleitoral, não pode ser aberta n

Eleitores às urnas (4 de outubro de 1959)

Cessada a barulheira da campanha política, silenciados os discursos dos candidatos e a voz dos alto-falantes, deve a esta hora, o eleitorado mariliense, encontrar-se em condições de votar. Hoje é o grande dia. Data de expectativa e ansiedade, embora disfarçável para alguns. A voz soberana do povo, traduzida pela sua vontade no exercício dêsse dever cívico (uma das mais belas coisas que nos legou a Democracia), se fará sentir, como a sentença de um Juiz. Temos em nós que todos os marilienses já estão com seus juízos perfeitamente formados e sabedores em quais nomes consignarão as suas preferências. Que o façam, pois, com a consciência tranquila, de maneira serena e exemplar como sempre aconteceu em Marília. Nossos votos, nesta oportunidade, para que Deus, o Todo Poderoso, bem inspire o eleitorado mariliense, a fim de que êste acerte na escolha de seus futuros legisladores, elegendo os melhores, os mais bem intencionados, os mais capazes e os que melhor possam e consigam desobrigar-se do

Hospital para cavalos (2 de outubro de 1959)

Vimos há poucos dias, num filme “natural” projetado no Cine São Luiz, a demonstração do Hospital Veterinário do Jôquei Clube Brasileiro. Uma coisa realmente extraordinária, moderníssima, completa. Um hospital para cavalos, mais aperfeiçoado e mais adequado do que muitos nosocômios destinados ao tratamento de seres humanos! Ficamos “matutando” sôbre o fato. Ficamos pensando quanto teria custado a excepcional obra, uma vez que nada ficou olvidado na sua execução. Arquitetonicamente, completa e ampla. Com as dependências totais destinadas ao seu uso. Salas de assepsia, de curativos, de cirurgia, de tratamentos demorados. Aparelhos cirúrgicos-veterinários dos mais custosos e modernos. Enfim, uma coisa efetivamente extraordinária e admirável. Vimos nessa iniciativa, um contraste flagrante: Os brasileiros indigentes morrem nas ruas das cidades nacionais, por falta de leitos em hospitais. Leprosos andam nas ruas e comungam com todos indistintamente, o mesmo acontecendo com milhares de tubercu