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Mostrando postagens de junho, 2008

A rodovia Marília-Bauru (29 de junho de 1956)

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José Arnaldo (foto) Finalmente, vai mesmo perder o “encanto” a propalada pavimentação da rodovia Marília-Baurú. Trata-se de um trecho rodoviário de apenas 109 quilometros, que liga dois importantes centros interioranos, centros êsses que significam motivos de relevo na própria vida da economia e progresso do Estado. É uma luta antiga e uma necessidade imperiosa da região, Marília a Baurú por via pavimentada, facilitando, assim, o escoamento de gêneros alimentícios, em grande parte, procedentes da Alta Paulista, Alta Sorocabana e Norte do Paraná. Acontece, que nem todo o percurso, embora pequeno, como acima dissemos, será de pronto pavimentado. A concorrencia pública recentemente aberta, trata da pavimentação de dois trechos, num total de 40 quilometros cada um e compreende o percurso do quilometro 374 ao 394 e deste ao 414. A Primeira Divisão de Obras Novas, da Secretaria de Viação e Obras Públicas, sita à Rua Riachuelo, 115, 9º andar, em São Paulo, está recebendo as propostas das firm

“Sinhá Moça Chorou” (28 de junho de 1956)

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José Arnaldo (na foto, em Laguna Seca, Santa Catarina, lendo o Jornal do Brasil via Internet, em dezembro de 1996) Nos primeiros dias do mês vindouro, Marília terá o ensejo de apreciar, no palco do Cine Marília, a exibição de uma importante peça teatral, que será apresentada por elementos do teatro amador mariliense. A peça, por si só, conforme sabemos, é uma óbra de vulto, bem escrita e bastante original. Jovens da cidade, dispuseram-se leva-la publicamente, num espetáculo que visa obter fundos para os cofres da Associação Profissional Feminina de Marília. Antonio Felipe Antonio, o popular Antoninho, do “Palácio do Disco”, foi o idealizador do espetáculo; e como não poderia deixar de ser, desempenhará papel importante na apresentação. E podemos dizer mesmo, que o Antoninho “entende do riscado”. Os ensaios estão sendo levados a efeito, com bastante seriedade, autorizando-nos a dizer que o espetáculo virá agradar. O povo, por sua vez, sempre acompanhando todos os passos da cidade e dos

Mensagem ao prof. Lignelli (27 de junho de 1956)

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José Arnaldo (foto) O prof. Octávio Lignelli, gerente da Rádio Clube de Marília, é, sem dúvida alguma, uma das maiores expressões da cidade em composições musicais. Vários são os números de belas músicas, elaborados pelo Sr. Octávio Lignelli, já conhecidos de nossa cidade e de nossa gente. Embora não sejamos autoridade no assunto, poderemos afiançar aos nossos leitores, que, as composições do prof. Octávio Lignelli aliam à música e arte, uma expressão de vida e de beleza lógica, hoje em dia tão distanciadas da maioria das letras musicais, muitas das quais se constituem em verdadeiras aberrações, em irretorquíveis absurdos. Entendemos a música, na perfeição excelsa de suas notas coordenadas, casadas harmoniosamente com uma letra que seja uma história, que tenha um sentido, que prenda a atenção. As músicas do prof. Octário Lignelli enquadram-se nesse particular. Hoje, das 20,30 às 21,30 horas, a Rádio Dirceu em Marília, homenageará o ilustre compositor mariliense prof. Octávio Lignelli,

A Promessa do Governador (23 de junho de 1956)

Na sessão de quinta-feira da Câmara Municipal, o vereador Fernando Mauro apresentou requerimento, solicitando fôsse a Casa intérprete de uma lembrança ao general Porfírio da Paz, vice-governador em exercício, para que sua excelência nomeie rapidamente a Comissão prometida, que virá à Marília, estudar as possibilidades de dotar-se nossa cidade com um curso superior oficial. A respeito, surgiram opiniões desencontradas, com pontos de vista fundamentados, é lógico. No final, o requerimento foi aprovado por maioria. Entendemos que obrou bem o autor do requerimento, ao exigir do sr. Governador em exercício, o rápido cumprimento de sua promessa aos marilienses, promessa essa que veio de encontro, em parte, a velha aspiração e nobre luta local e que atestou também, a demonstração de um ato penitenciário do próprio general Porfírio. Aquêles que ouviram a gravação da palavra do general Porfírio da Paz em Baurú, certamente acreditaram na sinceridade de sua excelência. A rigor, por enquanto, não

Visitante ilustre (22 de junho de 1956)

Deverá visitar nossa cidade, dentro em pouco, o Deputado Ulisses Guimarães, Presidente da Câmara Federal. A respeito existe na cidade, um movimento interessado na formulação desse convite. O convite visará prestar uma homenagem ao ilustre parlamentar paulista, que é, pela importancia de sua investidura, o segundo substituto legal do Sr. Presidente da República. O movimento é pois, dos mais simpáticos: está sendo liberado por estabelecimentos educacionais, entidades de classe e imprensa local – sem interferência ou côr política. Objetiva, além de homenagear o ilustre parlamentar bandeirante, fazer S. Excia. conhecer de perto Marília e seu povo e as necessidades dêste centro de progresso. O Deputado Federal Dr. Ulysses Guimarães têm à seu favor, uma brilhante folha de bons serviços prestados à Pátria. Leal, inteligente, prestativo, estudioso dos problemas nacionais, tem se mostrado um dos valorosos representantes de São Paulo na Câmara Alta. Será justo que o povo de Marília o cerque de c

A velhinha “cambista” (21 de junho de 1956)

Desde que foi promulgada a Constituição Paulista de 1947, o “jogo de bicho” foi posto fora de ação (oficialmente), em nosso Estado. O mesmo aconteceu com a Loteria Estadual. Após a vigência da Carta Magna, inúmeras autoridades policiais, para impedir que continuasse a prática do aludido jogo. De um certo modo, a luta, embora tendo apresentado seus resultados positivos, não deixa também de mostrar em muitos casos, que a própria fiscalização têm sido, muitas vezes, deficiente nessa luta constante quando os praticantes do vício continuam, seguidamente, empenhados no jogo referido. Isto significa que se os bicheiros continuam a infringir a lei, a arriscar, é porque os lucros são compensadores; por qualquer insignificancia, pensamos, ninguem iria teimar tanto assim, em continuar desrespeitando a lei. Acontece, porém, que regra geral, os fortes “bicheiros” nem sempre chegam a sofrer as consequências do impedimento policial. Como “a corda quebra sempre do lado mais fraco”, pagam os outros: o

Nós e o “Caso do Leite” (20 de junho de 1956)

Este artigo vale de esclarecimento aos menos avisados; aos que pensam com a rapidez de um foguete e com miolos de galinha. Aos que são “peritos” em censurar, sem conhecer o “metier” de uma questão. Nossa luta em torno do “caso do leite” nada têm de pessoal; pelo contrário, estamos combatendo idéias e ações e não homens. Estamos, antes de mais nada, como um órgão de imprensa da cidade, divulgando um acontecimento que se constitui em irregularidade e prejuizo para o próprio público mariliense. A imprensa é a tribuna de defesa do povo. Nossa missão é informar, criticar construtivamente; esclarecer a opinião pública, apontar faltas, seja de quem for, parta de quem partir. Da mesma maneira que apontamos falhas e imprimimos censuras, publicamos encômios à pessoas ou fatos que devem ser públicos. É a bandeira do jornalismo. Nossa luta, jamais foi a de impedir que o Sr. Romera Jr. exportasse ou industrializasse o leite. Poderia faze-lo, da maneira que bem entendesse, desde que suprisse, primei

Retrato desolador do Brasil (19 de junho de 1956)

Tantas são as deficiências econômico-administrativas do país, que só um estudioso apaixonado e grande especialista na matéria poderia enumera-las. Além do malfadado aumento do custo de vida, em consequência dos “balões de ensaio” do novo nível de salário mínimo, eis que atualmente, “dona” COFAP importa banha dos Estados Unidos, enquanto um milhão de porcos aguarda o abate no sul do país. Motivo? Falta de transporte. O diretor da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, Sr. Francisco Lima, esteve recentemente no Rio de Janeiro, avistando-se com o Sr. Presidente da República. Foi solicitar licença para importar sal da Espanha, a fim de evitar que grande quantidade de charque venha a deteriorar-se. Isto, porque o sal importado da Espanha chega ao estado sulino mais depressa do que o procedente do Estado do Rio Grande do Norte! O Sr. Francisco Lima em entrevista a um jornal do Rio, fez aterradoras, porém verdadeiras revelações a respeito da malfadada COFAP, considerando-a um organismo com

Luta Inglória (16 de junho de 1956)

Luta inglória advogou o vereador Nasib Cury, na sessão de quinta feira da Câmara Municipal. O vereador pessepista foi combatido por todas as camadas, inclusive pelo próprio partido. Estamos contra o ponto de vista que defendeu no plenário, ante-ontem, sobre a questão do leite. E o fazemos altaneiramente, porque representa a luta de alerta e de protestos desfraldada pelo CORREIO DE MARÍLIA, em pról da economia popular. Foi infeliz o “meu chefe”, ao advogar sozinho, uma questão que representa antes de tudo, interesses financeiros de uma grande protencia, que prefere sacrificar o povo mariliense, industrializando o leite ou exportando o produto para a Capital. O sr. Nasib Cury trouxe ao plenario, dados estatísticos “provando” as razões de sua defesa da Pasteurização. Muitos foram desfeitos pelos vereadores. Um restou, que nenhum vereador teve na ocasião, meios para destruir. Mas nós temos. E vamos fazê-lo. Vamos dizer ao vereador Nasib Cury que não são verdadeiras as suas afirmativas de q

Festa Literária (15 de junho de 1956)

Na noite de hoje, na Sociedade Luso-Brasileira, dar-se-á o lançamento oficial de “O Estranho”, livro de poesias de João Mesquita Valença, o poeta mariliense. Tal obra foi escolhida e selecionada pelo Clube de Poesia e representa um motivo de estimulo para os poetas da nova geração. Não vai aqui a nossa critica ao mencionado livro. Por dois motivos: primeiro, porque ainda não tivemos a oportunidade de folheá-lo, embora tivéssemos sido distinguidos com um exemplar autografado; segundo, porque mesmo que tivéssemos lido a citada obra, nossa critica seria superficial, considerando nossos poucos conhecimentos sôbre a questão. No entanto, não podemos deixar de registrar o fato, apreciando-se pelo seu ângulo de representação objetiva, tanto para o jovem poeta, como para a própria Marília, no avanço de sua intelectualidade. Em verdade, não se trata apenas de “um livro publicado” por um mariliense. Trata-se, isso sim, do significado elevadíssimo para o próprio progresso literário da cidade, com

Açúcar, há; o que não há é moralidade (14 de junho de 1956)

Aconteceu, o que se esperava. Pelo menos, o que nós esperavamos. “Sumiu” o açucar em muitas praças. Desapareceu, como num passe de mágica. E por que? Simplesmente por isso: porque não existe em muita gente, o sentimento de brasilidade, de solidariedade humana. O que se verifica é a ganância desmedida, imoral, abusiva, desenfreada. Os grandes usineiros dêsse produto, se não são eles próprios, têm representantes diretor e especiais, no próprio Parlamento Nacional. Daí, então, verificarem-se êsses pedidos constantes de aumento do produto. A COFAP negou a primeira vez. E então os monopolistas do açucar principiaram a reter o produto em suas fontes e diminuir, em alguns casos, a produção. Tal sucedendo, o povo teria que sentir. E gritar. A COFAP, numa “camisa de onze varas”, teria que tomar uma providencia. A única saida, seria autorizar o aumento. E então, o açucar aparecerá, com o mesmo encanto e rapidez que sumiu do mercado! A COFAP, nesse caso do açucar, tornou-se impotente. Terá que es

A culpa é da COMAP (13 de junho de 1956)

Fomos procurados por um determinado cidadão, que bem não conhecemos. Não sabemos seu nome, nem o que faz. Mas pudemos logo perceber suas intenções: defender o ponto de vista da Pasteurização, contra as notas que temos escrito ultimamente, acerca do problema do leite em Marília. Não sabemos se o aludido elemento fôra instruido pela parte interessada, ou se quis servir de “mediador de paz”. O certo é que o homem se nos apresentou numa reunião social. Conversa vai e vem, o referido personagem tocou no palpitante assunto. Perguntou-nos se temos alguma coisa pessoal com o dono da Pasteurização. Respondemos que a sua pergunta era de todo infantil, pois apenas registramos, como órgão de imprensa, as causas e coisas da cidade. E a verdadeira manobra do leite que atualmente está se desenvolvendo em Marília não é segredo para ninguem. O homem não se deu por achado. Afirmou que não é verdade que a empresa esteja remetendo leite para São Paulo. Lembramos ao cavalheiro, que antes de escrevermos alg

Amparo aos inventores (12 de junho de 1956)

A deputada Conceição da Costa Neves, ex-Conceição Santamaría, apresentou ha pouco, na Assembléia Legislativa, um interessante projeto de lei. Trata o aludido projeto, de amparar oficialmente, aos inventores paulistas, prestando-lhes assistência e apôio em suas invenções. Não conhecemos o texto do mencionado projeto. Mas mesmo assim, consideramo-lo útil e necessário. E mais ainda, acreditamos que tal já foi apresentado com muitos anos de atraso. Consta-nos a própria história, que os grandes engenhos que hoje servem a humanidade, foram obra do acaso ou descoberta de meros curiosos, que, na ocasião, foram chamados de loucos e temidos como animais selvagens. Por outro lado, sabemos que todos os países civilizados do globo, amparam de modo governamental, os inventores de todas as espécies. No Brasil, não. Até ha pouco, quando não existiam as entidades de classe, representativas daqueles que gostam de imaginar e experimentar novas coisas (a Associação Paulista de Inventores, por exemplo), qu

Aumentará o preço do leite? (09 de junho de 1956)

Sempre nos ufanamos pela diretriz que esposamos em nossa carreira: criticar de maneira construtiva, colaborar e aclamar, pugnar pelos interêsses do povo mariliense e de nossa cidade. Às vezes, no exercício de nossas funções, somos forçados a desancar censuras mais severas, quando estas se fazem necessárias. E, nessas ocasiões, fazemo-lo perfeitamente à vontade, sem sofrer qualquer interferência ou pressão, porque nos utilizamos do processo de externar um pensamento dos mais bem intencionados. Assim é o caso de hoje. O assunto do leite. Estranhamos a atitude da Pasteurização, no momento atual, negando-se a fornecer o precioso liquido alimentar à quem dêle necessita. Convimos que no período invernal a produção diminui realmente. Mas a diminuição do produto, havendo bôas intenções de servir o público, não deveria prejudicar o povo, e, entendemos, diminuir temporariamente a industrialização ou o envio do mesmo para a Capital. Acontece que a Empresa deve ter mais interesse em vender em São

Marília tem solução para tudo (08 de junho de 1956)

São Paulo é uma fábrica de progresso. Marília, não há (como) negar, é um dos motores de primeira grandeza dessa grande industria febril de desenvolvimento. Graças aos próprios marilienses – genuinos ou autênticos. Mercê do trabalho de seu povo, que trabalha nesta colméia de dinamismo e que foi capaz de realizar êste verdadeiro milagre – construir uma cidade moderna e ativa, em pouco mais de vinte anos. Tudo foi feito por nossa gente. O dedo oficial, as poucas vezes que se fez sentir, o foi de modo quase inotável, deficiente ante a febre de necessidade de seu crescimento. Isso é um orgulho. Motivos de euforia incontida. Marília, é certo, têm solução para tudo. É capaz de resolver suas premências elogiavelmente. Nêsse particular, ostenta um galhardão de destaque a iniciativa privada. Incontestavelmente. Luta-se agora, pela criação da Faculdade de Marília. Aclara o Governador em exercício um ponto obscuro que revoltou os marilienses, criando uma celêuma tremenda. Quando se discutiam tais

O vereador “Ad Hoc” (07 de junho de 1956)

O termo não é oficial. Mas o homem, apesar de seus 80 anos (completará essa idade, no próximo domingo, dia 10), fez-se notar por todos, pela sua extraordinária assiduidade às sessões da Câmara Municipal de Marília. Isso, desde 1.948. E entre seus colegas, cá da redação, passou a ser considerado “Vereador de Marília “Ad Hoc”. Aristides Ferreira Franco, seu nome. “Seu” Aristides, aqui para a turma do “Correio”, onde ele trabalha há quase vinte anos. E a avançada idade de “Seu” Aristides não o impede de continuar a colaborar com o primeiro jornal da Alta Paulista. Embora não possa, como é lógico, apresentar um rendimento de trabalho equivalente ao de um jovem de vinte primaveras, faz suas obrigações de maneira melhor do que seriam feitas por muita gente de trinta ou quarenta. Às vezes, o desgaste de tantos anos de vida e de trabalho, domina-o por instantes. O cansaço ou aquele sono tão bonito e inocente da própria velhice, toma-o por momentos. E ele cochila em sua mesa de trabalho. Quando

“Batidas” Policiais (06 de junho de 1956)

O dr. Celso Camargo de Azevedo, delegado de política adjunto da Regional local, está mesmo disposto a acabar com a malandragem que impera no “bas fond”. Essa autoridade vem fazendo agora, o que há muito estava sendo reclamando: a vigilância mais severa e permanente na zona do meretrício, visando acabar com os malandros e desocupados, os “habituès” da zona do pecado, aquêles que ficam até altas horas bebericando nos bares da própria região onde se localizam as mensalinas, para depois recolherem-se e pernoitar nas casas das meretrizes. Muitos são os desordeiros que se utilizam dêsse expediente. Inúmeros são os desocupados e malandros e vários são os que chegam até a explorar as mulheres de vida fácil. Está merecendo aplausos da população a atitude da autoridade policial. Várias “batidas” têm sido realizadas, em diversos horários da noite e da madrugada. E os resultados têm sido os desejados: dezenas e dezenas de “boas vidas” aparentes, foram recolhidos ao xadrez. Muitos dêsses, não mais

O Governador Contra Marília (05 de junho de 1956)

Não existe nenhum sensacionalismo ou tragicidade aparente, no epígrafe que escolhemos para nosso comentário de hoje. A realidade, oficial, aí está: O Governador em exercício, general José Porfírio da Paz, acaba de dar um golpe de morte nas justíssimas e humanas pretensões do povo mariliense, obstando, em mensagem enviada à Assembléia, com pareceres oficiais, que Marília mereça a contemplação de um curso oficial de ensino superior. É inacreditável o acontecimento. Consideramo-lo indigno para com o povo mariliense, êste povo que construiu em pouco mais de vinte anos, sem subvenções oficiais, esta célula-orgulho de progresso no interior bandeirante. Cidades de menor expressão geográfica e de menor densidade de população, situadas em zonas melhor servidas no setor educacional, possuem hoje suas escolas superiores. Marília, embora tendo o direito de exigir sem pedir, pelos fatos irrefutáveis que apresenta, continua a ser a eterna orfã dos poderes constituidos! Só no Brasil, é que podem acon

Aumento dos preços da “Circular” (02 de junho de 1956)

Não entraram em vigor ôntem os novos preços (para mais, é claro) das passagens de ônibus da Emprêsa Circular Cidade de Marília. Segundo nos informaram, registrou-se um período de “tréguas” de dez dias. Assim sendo, tudo faz crer, que, no próximo dia 10, o povo mariliense sinta nos costados mais uma escorcha, a juntar-se às contas do imenso rosário de sacrifícios porque passa atualmente. Os proprietários da firma, certamente justificaram perante o sr. Prefeito Municipal, os motivos do pretendido aumento. Com cifras e estatísticas, logicamente. Não compete a nós, discutir as razões ou contradizer as bases que tenham a respeito sido ponderadas. Apenas, como parte do povo mariliense, que paga sempre gemendo, mas sem bufar, nos manifestamos contra mais êsse aumento. A emprêsa em tela tem uma grande responsabilidade para com o público. Ninguém pode desconhecer os bons serviços que presta a Marília e sua gente. Mas nem por isso, deve o povo arcar, periodicamente, com as consequências de novos

Todos são contra o póbre (31 de maio de 1956)

Embora pareça, não há lugubridade ou tragicidade no título que encima nosso artigo de hoje. É que da maneira que as coisas caminham hoje em dia, somos forçados a assim pensar. Diz o brocardo popular que “pobre não tem vez”. E não tem mesmo. A SUMOC, ao que parece, acaba de chutar fóra um “penalty”. Melhor dizendo, está ensaiando um golpe de morte contra as classes pobres, ao proceder os estudos de instruções visando as restrições que ferirão de morte os sistemas de vendas a crédito, o que trará, inegavelmente, prejuízos sem conta à população. O próprio Govêrno precisa ser convenientemente elucidado a êsse respeito. A medida óra cogitada, visa fazer desaparecer os sistemas de venda conhecidos como “crediários” tão em voga no Brasil e tão úteis para os chefes de famílias pobres, que só assim podem adquirir muitos objetos que de outra forma jamais o fariam. Em última análise, o sistema não chegaria mesmo a desaparecer. Acontece porém, que, em tal hipótese, os onus decorrentes do entrave e

Um mariliense em “Hamlet” (30 de maio de 1956)

“Bela Vista” é o nome de um novo teatro recém-inaugurado em São Paulo. Moderno e confortável, pelo que nos informaram. Condizente com o próprio progresso e as exigências modernas da arte na Capital bandeirante. A Companhia Nydia Lícia-Sérgio Cardoso, está apresentando no “Bela Vista”, a histórica tragédia de William Shakespeare, em cinco atos e numa tradução de Péricles Eugênio da Silva Ramos, “Hamlet”. Deve ser garantido o seu sucesso. O fato, porém, que levou-nos hoje a focalizar tal assunto é o seguinte: Um amigo nosso estando em São Paulo, foi ver “Hamlet, Príncipe da Dinamarca”. No livro-roteiro que recebeu na porta, folheando seu interior, deparou, na constituição do elenco da famosa peça, um nome muito conhecido em Marília. Exatamente o nome de um rapaz que até há pouco exercia suas atividades num banco da cidade. Nosso amigo ficou intrigado: Seria possível? Seria o mesmo personagem seu conhecido dali mesmo da Avenida? E do auditório da Rádio Dirceu? Ocupou seu lugar, com certez

O Exército e o custo de vida (29 de maio de 1956)

Parece que vai ser posta em prática u’a medida por nós preconizada há tempo, ou seja, a intervenção do Exército Nacional, na batalha do crescente aumento do custo de vida. Isso é o que podemos deduzir, através da palavra oficial do Exército, na pessoa do Ministro da Guerra, general Teixeira Lot. Ao responder a uma pergunta de um repórter paulistano, no último sábado, momentos antes de embarcar em Congonhas com destino ao Rio, o titular da Guerra declarou que o govêrno federal está tomando providências e “medidas capazes e resolutas, que, sem sombra de dúvida, irão minorar as agruras pelas quais estão passando as classes menos favorecidas”. E adiantou o ministro da Guerra: “Nessa emergência, o Exército dará ampla cobertura, auxiliando o govêrno em tudo e por tudo, inclusive lançando mão de suas viaturas para o transporte de mercadorias. Posso informar que o govêrno federal instalará postos de vendas e redobrará seus esforços na fiscalização de preços ou sonegação de mercadorias”. A medi

Marília não tem teatro (26 de maio de 1956)

É claro que a afirmativa constante do epígrafe não é segredo para ninguém que reside em Marília, ou, que, fóra daqui, conhece nossa cidade. Mas acontece, que, até há pouco, tínhamos dois lugares apropriados para exibições teatrais quando necessárias. Agora temos um, por mais alguns dias. Depois disso, restar-nos-á a alternativa de, havendo necessidade, improvisar uma Associação Comercial, alguns Ginásio ou valermo-nos de auditórios de alguma rádio emissôra. Até aqui, tôdas as exibições teatrais eram feitas num dos cinemas da cidade (afóra as demonstrações estudantis ou de fundo beneficente e amadorista, que eram apresentadas em locais adaptados). E em muitas ocasiões, assistimos ao palco do Cine São Luís (antes da reforma recente porque passou), teatros, festas, exibições de artistas, etc.. Hoje em dia, remodelado o aludido cinema, tendo a sua tela panorâmica de borracha fixo e imóvel, não se pode usar o palco para fins que não a exibição de películas cinematográficas. Resta apenas o C

Medicina à Prestações (25 de maio de 1956)

Não pudemos ler na íntegra o artigo. Apenas passamos uma vista d’olhos sôbre a reportagem, algo inédita, que o matutino paulistano publicou há poucos dias. E foi que nos inteiramos da questão. Um médico de São Paulo, proprietário de um pequeno hospital, inventou de introduzir no ramo da medicina, uma inovação: facilitar aos necessitados, o pagamento em prestações, das despesas hospitalares. O caso estourou como uma “bomba” dentro da própria classe dos esculápios: Alguns médicos acharam interessante a idéia; outros se sentiram ofendidos. Ninguém, no entanto, quis “se abrir”, quando o repórter, ávido de “furos”, principiou a entrevistar uma infinidade de doutores em medicina. A entidade representativa, que é a Associação Paulista de Medicina, deu logo a nota: censurou o pretensioso introdutor do sistema de “crediário médico hospitalar” no Brasil. Um dos paredros da A. P. M., não teve papas na língua – desceu um palavrório de censuras ao médico que idealizou a questão. Terminou por dizer

Dolorosa Verdade (24 de maio de 1956)

Um amigo comum, comentava conosco o conteudo de nosso artigo de ôntem, quando abordamos a absurda elevação do custo de vida, em face aos anunciados “estudos” do propalado futuro salário mínimo. Expondo-nos o seu ponto de vista acerca da situação, pediu-nos: “escreva os motivos de origem dêsse estado de coisas”. Se escreveremos “os motivos de origem dêsse estado de coisas” com propriedade, não sabemos; mas que emitiremos o nosso ponto de vista a respeito, isso o faremos a seguir: P’ra começo de conversa, entendemos como principal responsável pela situação, diretamente, o sr. Presidente da República. Apesar da consideração e respeito que nos merece o homem eleito pela maioria do eleitora brasileiro. O Brasil de hoje é um atestado eloquente de desgovêrnos. São tantas as falhas que se notam, que difícil seria enumerá-las. Negocistas, “tubarões” e intermediários agem livre e impunemente. As divisas não obedecem um controle perfeito de adaptação aos interêsses nacionais. Enfraquecem o Brasil

Novos salários (23 de maio de 1956)

Não vamos revelar nenhuma novidade neste comentário. Vamos apenas tecer considerações dum assunto conhecidíssimo por todos os brasileiros. Tão conhecido, que os próprios parlamentares foram os primeiros “a levantar a lebre”, sem qualquer outra providência. É que os balões de ensaio das majorações salariais são verdadeiramente improdutivos. A rigor, denotam mesmo incapacidade administrativa no sentido. A elevação do nível de vida, tão alta e tão ascensional é um problema aparentemente insolúvel, desafiando a argúcia e o tirocínio administrativo de todos os govêrnos. Nem o presidente da República, nem os ministros de Estado, nem técnicos de nenhuma espécie são capazes de provar, com “a” mais “b” que ainda existe no país um meio de estancar o fenômeno que cresce mais rapidamente do que o “baurú” em terras cafeeiras. O salário mínimo em bases mais elevadas, é necessário. Mas não soluciona a questão. E nunca resolverá o problema. O círculo vicioso torna-se cada vez mais aflitiva. Foram só t

A viagem de prefeitos e vereadores aos Estados Unidos (22 de maio de 1956)

Indiscutivelmente, aquêles que acompanham os passos e as lutas da Associação Paulista dos Municípios, vão se convencendo, a cada dia que passa, que a referida entidade está bem identificada nos pontos básicos e primordiais da independência econômica dos municípios. A bandeira do municipalismo, com a descentralização e com a autonomia financeira dos municípios por meio de melhor discriminação na aplicação de rendas é um ponto verdadeiramente notável e vital para o próprio desenvolvimento da nação. A A. P. M. vai empreender uma viagem de estudos e apreciações do sistema municipalista norte-americano, um dos padrões mundiais em independência e autonomia financeira dos centros interioranos. Prefeitos, vereadores e técnicos da própria A. P. M., conhecerão “in loco”, a engrenagem da progressista máquina de autonomia municipal dos chamados “condados americanos”. A viagem está marcada para a próxima quinta-feira, dia 24, devendo ter a duração aproximada de trinta dias. Em entrevista que nos c

Nobre Campanha (19 de maio de 1956)

Nobre, sob todos os pontos de vista, é a campanha óra levantada em Marília, para auxiliar a luta de combate ao câncer. Dela devem participar todos os marilienses, direta ou indiretamente. Em torno da mesma devem ser cerradas tôdas as fileiras possíveis. O terrível mal, já está provado, é debelável no início de sua manifestação. O seu tratamento, por difícil e especial, é dispendioso. A porcentagem de doentes atacados pela insidiosa moléstia, não tem paralelo entre os que podem pagar o tratamento e os indigentes. O número de indigentes é muitas vezes superior. É por isso que se apela para o povo. Para a solidariedade humana de todos, indistintamente, em pról de u’a minoria de infelizes, nessa luta contra a morte. A bandeira foi levantada em Marília. E deve prosseguir altaneira, elevada, porque é digna e humana. Já se encontra instalada em nossa cidade, na Agência Ford, a Exposição Educativa de Combate ao Câncer. Por ali poderão os marilienses melhor aquilatar a profundeza das raízes dês

Legião da Boa Vontade (18 de maio de 1956)

O conhecido e competente radialista patrício, Alziro Zarur, lançou, em 1949, através do microfone da Rádio Globo, do Rio, um programa que denominou “A Hora da Boa Vontade”. Nessa programação, Zarur se dirigia especialmente, aos infelizes leprosos, cancerosos, prisioneiros, mulheres transviadas, etc.. A todos procurava expor a sua palavra de carinho, amor e fé, pregando a compreensão e aproximação entre os homens, incentivando a caridade cristã. Sincera, sem espalhafatos. O programa, de fundo espiritualista, terminou por grangear a simpatia de muita gente. Seu âmbito, deixou então de ser municipalista, para entender-se por todos quadrantes do Brasil, transformado em legião nacional – hoje a Legião da Boa Vontade. Com a adesão de centenas de pessoas ao movimento iniciado por Alziro Zarur, foram sendo fundados em vários pontos do Brasil, núcleos dessa Legião. Hoje a mesma é um grande patrimônio de solidariedade humana e de fundo altruístico. Pregando o amor ao próximo e o verdadeiro

Combate ao Cancer (17 de maio de 1956)

A classe médica de Marília, através da Regional local da Associação Paulista de Medicina e por proposição da Associação Paulista de Combate ao Câncer, acaba de levantar a bandeira de lutas contra o terrível mal. A campanha óra iniciada e que deverá ser ramificada por todos os quadrantes do interior, objetiva duas finalidades distintas: educar o próprio povo sôbre a terrível moléstia, seus perigos e o tratamento adequado, por um lado; a obtenção de fundos para que a Campanha de Combate ao Câncer possa continuar a rota inicialmente traçada na batalha da terrível enfermidade, por outro. Sabemos que nos Estados Unidos o próprio Govêrno americano dispensa verbas fabulosas para o Hospital Central de Combate ao Câncer em Memphis, nosocômio que conta ainda com auxílios sem conta do próprio povo. Estamos inteirados ainda que no ano passado, no Hospital de Memphis, onde uma verdadeira legião de médicos cancerologistas emprestam inúmeras horas diárias de suas atividades especializadas, os resulta

Wanderley, o fujão (16 de maio de 1956)

Os leitores estão bem informados acerca da fuga sensacional de Wanderley da Cunha Camargo, jovem brasileiro que “sismou” em residir nos Estados Unidos e incorporar-se ao Exército Norte-Americano. O endiabrado rapaz realizou a façanha por duas vezes. Na primeira, foi mandado de volta, tendo o caso passado como uma aventura maluca de um adolescente. Na segunda vez, a questão mudou de figura. Wanderley foi preso nas proximidades do aeroporto da capital norte-americana, ainda em trajes de viagem (descalço, sem bagagem, com fome e com frio). As autoridades americanas enquadraram-no na lei e Wanderley foi condenado a cumprir a pena de 6 meses de “cana”, por ter entrado no território norte-americano clandestinamente. Mas o rapaz continuou batendo o pé e afirmando que deseja viver em definitivo na terra do cinema e que aspira ser soldado do Tio Sam. A coisa estava nesse pé, quando apareceu a família de Willian E. Foster, de Roseda, Califórnia. A senhora Foster, que deve possuir muitos dólares,

“Verdades Duras” (15 de maio de 1956)

Com o título supra, o colaborador dêste jornal, que se assina Antônio Fernão de Magalhães, publicou, no dia 1º do mês em curso, um artigo abordando a questão da criação da sonhada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília. O aludido escrito, terminou por criar no plenário da Câmara Municipal, quando o suplente de vereador Reinaldo Alves de Souza, em exercício, apresentou à Mesa um requerimento de protesto aos têrmos com que foi vasado o artigo, sob alegação de que o mesmo atacou os poderes municipais, inclusive a própria integridade do legislativo mariliense. Nós, que somos neutros nessa questão, que somos também um dos soldados que sempre formamos nessa trincheira de lutas pela criação e instalação de um curso superior oficial em Marília, que sempre estivemos ao lado dos verdadeiros batalhadores dessa causa, poderemos, aqui, sem intenções de defender ou atacar nenhuma das partes comprometidas no caso, emitir nossa opinião a respeito do tormentoso caso. Lemos hoje o conteúdo

Mãe (13 de maio de 1956)

Numa das desalinhadas gavetas de nossa idosa e antiestética mesa de trabalhos, encontramos, entre um amontoado de cartas, cartões, endereços e outras coisas aparentemente imprestáveis, um recorte de jornal, cuja data e origem ignoramos. Passamos uma vista d’olhos sôbre o mesmo e ficamos maravilhados com o seu conteúdo, embora não conseguíssemos atinar quando o havíamos guardado. Trata-se de um artigo consagrado à Mãe, sob o título que emprestamos a êste nosso trabalho, de autoria de “Meimei”, com o P. S. “Do livro “Cartas do Coração”, psicografado por Francisco Cândido Xavier”. No ensejo desta magna data – Dia das Mães –, pedimos vênia ao seu desconhecido autor, para transcrevê-lo na íntegra. Ei-lo: “Um dia, a Mulher solitária e atormentada, chegou ao Céu, e, rojando-se em lagrimas diante do Eterno Pai, suplicou: - Senhor, estou só! Compadece-Te de mim. Meu companheiro, fatigado, cada dia, pede-me repouso e devo velar-lhe o sono! Quando triunfa no trabalho, absorve-me na atividade mais

A Respeito do Monumento... (12 de maio de 1956)

Comentamos quarta-feira última, alguma coisa com referência ao movimento financeiro que se organizara na cidade, há um ano passado, objetivando angariar meios para construir-se em Marília, o Monumento à Mãe Brasileira. Na ocasião, dizíamos de nossa ignorância para responder a uma de nossas leitoras, sôbre os trabalhos do momento. Quando rabiscamos o nosso artigo dêsse dia, esperávamos que o responsável pela idéia se comunicasse conosco e de fato tal veio acontecer. O dr. Aniz Badra, no mesmo dia apressou-se a nos endereçar a carta seguinte: “Marília, 9 de Maio de 1956. Prezado amigo José Arnaldo – CORREIO DE MARÍLIA. Tomei conhecimento hoje pela leitura do CORREIO DE MARÍLIA do seu artigo “Monumento à Mãe Brasileira”. Na qualidade de responsável pela idéia e membro da comissão, devo informar ao prezado amigo e à interessada que o movimento continua em marcha aguardando melhores dias para a sua intensa movimentação, dependendo é claro de muitas adesões, pois até o momento temos deposita

A COMAP precisa ressuscitar (10 de maio de 1956)

Quer nos parecer que a COMAP, para os pobres, deve ser como o homem para a mulher – ruim com êle, pior sem êle. Pelo menos, alguma coisa de freio, deve significar, desde que à sua frente se encontrem homens capazes e bem intencionados. Alguma coisa de temerosidade pode acarretar aos intermediários gananciosos, que locupletam cada mais os seus bolsos. Já está provado, que ganham mais no Brasil os intermediários do que os produtores ou os pequenos comerciantes. Nos explicava um dia dêsses, um verdureiro estabelecido no Mercado Municipal, que não dependia da classe os constantes aumentos. A cada dia, o mesmo adquire as suas mercadorias por preços mais elevados e em consequência é forçado a aumentar o custo de suas vendas. Acontece que nós jamais acusamos o pequeno comerciante, porque se um dia o fizermos, fa-lo-emos com provas consubstanciais. O que é inegável, porém, é que alguém deve tomar providências. Alguém deve se interessar um pouco pela bolsa dos marilienses, especialmente, os mar

O Monumento à Mãe Brasileira (09 de maio de 1956)

Dia 13 dêste, segundo domingo do mês de maio, como sempre, será a data consagrada às mães. Todo mundo vai, à medida que o tempo passa, melhor interpretando o sentido altamente louvável da intenção, rendendo de um modo bastante objetivo e sincero, um preito de gratidão e respeito à Rainha do Lar. Com o decorrer do tempo, o Dia das Mães entre nós, passará a ter um significado de festa nacional, sagrada mesmo, cristã, quase como a comemoração do Natal. Nada mais justo. Nada mais humano. A propósito, lembramos agora, que, há um ano passado, cogitou-se em Marília, instituir o Monumento à Mãe Mariliense. Foram feitos ensaios e ao que nos parece, até organizada a respectiva Comissão. No entanto, o negócio ainda está no tinteiro. E é pena. Na ocasião, a idéia propalada calou profundamente bem, no seio da opinião pública local e nós fomos os primeiros que viemos a público, aplaudir a iniciativa. Tudo parecia ir muito bem, as mil maravilhas. Mas o caso sofreu qualquer solução de continuidade, ao